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Se o branding é só mais uma ferramenta de marketing, porque é que é tão necessário na narrativa hoteleira?

Hoje debruçávamo-nos sobre o processo criativo e conceptual na criação de um nome e de uma designação estratégica para um hotel e surgiu-nos esta reflexão: O encantador processo do naming. O caminho nunca é feito da mesma forma e de certeza absoluta, absolutíssima, que tem zero a ver com o processo empregue no vizinho do lado ou do cliente para o qual fizemos o mesmo trabalho há 3 meses! Então de onde vem essa “sexyness” toda do branding na hotelaria e do storytelling e como é que impactua tanto? Não vejo o mesmo arrepio quando falamos numa análise swot ou qualquer outra ferramenta do marketing… A razão é simples: é único, como o ADN, a impressão digital. Quando bem estruturado não é imitável.



© Quinta dos Raposeiros, foto TH2 com Raquel Andrade e Rafael Cortinhas


Partilhamos 3 dos pontos nos quais a equipa TH2 se concentra no brainstorming do naming de um hotel:

1. O que somos e não somos: porque é tão importante saber o que não queremos ser pois funciona como um compromisso para com aquilo que iremos ser e com o reconhecimento claro do que nos repele e não nos identifica. Simples.

2. Elementos da geografia do lugar: porque nem fomos feitos para criar nada que não fosse intencional, há-que estar e sentir os lugares no momento de os baptizar. De que fibras são feitos, a que cheira, a que soam, a que sabem e qual a fauna e flora.

3. Referências e Inspiração: tentando não soar demasiado abstracto, aqui pesa muito o contacto com os promotores e criativos do lugar, conseguindo arrancar-lhes fontes e uma orientação no estilo, na vocação, nos gostos pessoais- arte, cinema, música, poesia e que estilos?


A partir daqui, reunindo estes ingredientes como ponto de partida e há um blend imenso de desígnios, propósitos, símbolos e toda uma narrativa a desenvolver. E não confundamos naming com branding, nem representação gráfica e desenho de logotipo com construção de marca e de valores de uma empresa. Podemos ter uma visão utilitária quando nos referimos a um hotel que pode ser meramente comercial e não, nem todos os hotéis e respectivos logotipos têm uma carga emocional e alma.



Não querendo fazer deste artigo uma reflexão sobre a significação de marca, fica o desafio às equipas: o que é que o seu hotel tem para oferecer que mais nenhum tem? Qual é o ingrediente secreto para mim, hóspede e comum dos mortais, não só não me esquecer do nome e do hotel onde fiquei, mas sentir que levei comigo um pedaço do mesmo e que essa “simples” estadia impactuou a minha vida? Não é isso que queremos? Estadias com significado, experiências que marcam? Arregacem as mangas e liguem os pontos- são o caminho para o storytelling que tanto procuram.


Artigo in Opção Turismo

Título Original: O Processo Criativo e Conceptual da Designação e Nome de um Alojamento

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