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Criatividade

Quando foi a última vez que "se pus a jeito" de estar em estado criativo? Que se submeteu a um processo artístico, desligou o complicómetro e se entregou a uma música, visitou um museu pelo prazer de admirar e contemplar as peças de arte (e não apenas para "picar o ponto" de visitar um POI)?


Sabemos que a meditação e estar relaxado contribui para a melhoria da qualidade de vida, para o nosso wellness. Dormir regenera o corpo, permitindo descansar também a mente- e o tema da qualidade do sono nunca foi tão falado pela sua vital relevância. A inspiração tem sido também foco de atenção pela sua associação a um estado saudável de produtividade ou de atitude positiva no nosso dia-a-dia. Mas como se consegue a tão desejada inspiração? Através da meditação? Como conseguimos ter as melhores ideias? Depois de uma noite bem dormida? Haverá formas conscientes de conseguir essa inspiração tão-desejada? Uma coisa é certa: não está à venda na farmácia e os seus benefícios são altamente cobiçados.




A BELEZA ACALMA

Imagine um dia em que sente na pele irritação pura. Tudo o enerva, nada parece bem feito e uma atitude de queixar-se parece mesmo a melhor solução. E mesmo que não quisesse sente-se tão chateado que o peso do sobrolho franzido na testa até lhe passa despercebido. Até que no meio da sua rabujice se cruza com algo que o interrompe, mesmo sem que estivesse a prestar atenção, uma coisa que entrou pelos olhos adentro e que não pude deixar de reconhecer como "poxa, tão lindo!" Um ciclo de mau estar foi interrompido. sem querer. Óbvio que não será num estalar de dedos que ficará novamente a sentir-se feliz e contente, mas quebrou um mau-estar, interrompeu aquele franzido na testa que se aliviou no desenho de um espanto na cara. Porque a beleza acalma, surpreende e é positivamente disruptiva. E numa sociedade em que queremos controlar tudo, gerir tudo ao milímetro das notificações menos relevantes, aquilo que não controlamos acaba por ser o que nos sossega, o que vai domar um estado de fúria ou má-disposição. Ponha-se a jeito desse estado disruptivo: brinque mais, permita-se ser trapalhão e falhar, entregue-se ao abrandar e reconhecer o que se passa à sua volta para que surja a oportunidade de ser surpreendido por coisas bonitas: um pássaro que poisa num ramo, um pôr do sol que quer ver com os olhos e não com a câmara do telemóvel, um desenho que até ficou bonito... As coisas bonitas acalmam, abra os olhos, participe mais e controle menos.


Promova momentos de contacto com a sua intuição e lado descomplicado do seu ser, na natureza, num estado de criação pura, de arte. E assegure-se que promove também estas iniciativas aos seus hóspedes porque o Mindfulness mudou, a procura de formas de relaxamento não se limitam a massagens, yoga e 2 horas de spa, mas também actividades de contacto com água, verde, arte, cultura, música num convite ao desligar e estar.


IDEAS PARA O SEU HOTEL: tenho um fitness kit para entregar nos quartos (composto por pesos, tapete de ginástica e recomendações de exercícios), promova um jogging matinal diário ou sessão de meditação diária (sempre à mesma hora), tenha um pack desenho e pintura para entregar aos hóspedes que pretendam fazer expressão artística de forma auto-ditata.

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